domingo

Desilusão do amor que nunca tive

O pequeno Chico odiava àquela cidade assim como às baratas, à cerveja quente, aos mauricinhos abraçados à garotas inacessíveis por quem alimentava o ódio frustrado dos derrotados. Acima de tudo, odiava tornar-se uma pessoa banal, ou melhor, sentir-se banal e ver descortinar-se à frente um futuro previsível. Seu desespero alimentava vermes em suas vísceras, idéias odiosas de subversão e marginalidade.
Esticou os dedos em volta do copo e bebericou com amargor as chaves da cela. Esperava poder tudo em poucos minutos, ansiava o momento da loucura de onde o caos misturava toda memória em algo impreciso e valioso. "Somos os últimos guerreiros de uma batalha perdida, somos a esperança daqueles que morrem felizes no asfalto quente das iniqüidades, nós somos os derradeiros profetas" e jogou por sobre o ombro o último resquício de consciência.

7 comentários:

  1. Anônimo3:28 AM

    dramático... A gente fez isso durante quase dez anos... confessa, é que aquele dia tu tava menstruado tststs ;)
    Mas perdoo, até que enfim postase alguma

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  2. Anônimo3:28 AM

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  3. Anônimo3:29 AM

    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  4. você não é mais "pequeno"

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  5. Concordo com o sunset. O comentário pareceu até lição de moral, hum...
    Engolir chaves é uma ótima imagem.

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  6. Olha só Francisco! Adivinha quem veio ler seu blog? Praticamente um milagre! Claro, esse é o papel do meu apelido não?

    Esse texto teu é um bom esforço literário de expressão das nossas conversas na "night" araranguaense.. Hehehe

    Mas esse tema podia ser um tanto mais desenvolvido né? Vai que uma hora dessas vc nao expande isso?

    Inté! ;)

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