Isso, definitivamente, é uma 45. Uma pistola de fabricação israelita, de forma que eu nem quero imaginar o tipo de munição que esse cara usa. Não quero imaginar também que essa merda atravessou o Mediterrâneo e o Atlântico pra vir encostar seu bocal na minha têmpora.
“Cadê o pó?”
E eu lá sei onde anda o pó!?
“Cadê o pó, filho-da-puta, CADÊ O PÓ!?”
Ele me chuta pra longe, continua com a arma apontada na minha direção. Seus olhos estão injetados, vermelhos, sua respiração ofegante. Sua feito um porco, fede como um, o cabelo encaracolado completamente desgrenhado, o cigarro na boca, a camisa de flor aberta expondo toda a flora escura do seu peito. Não existe qualquer glamour em ser um assassino. Ele se aproxima e chuta novamente, na cara, eu cuspo sangue e um dente. Minha boca lateja.
“Se tu me matar, nunca vai saber!”
“Pois deixa eu te dizer uma coisa: morrer é a última coisa que pode te acontecer.”
Ouço o estampido, o baque surdo da mão do Diabo. Pólvora, faíscas, fumaça. Sangue, meus dedos se desfazem
“AAAH! CARALHO!”
“Malditos policiais, sempre dando uma de durões. Agora, você ainda tem três membros, eu ainda tenho três horas. Temos um acordo?”
“EU NÃO SEI, pelamordedeus, não sei. O Alemão e o Careca levaram tudo hoje... levaram de volta pro morro, eu juro.”
Ele pisa na ferida aberta.
“Jura é, mesmo?”
“JURO, juro, ju...”
Então estoura pela última vez o baque surdo, a mão do Diabo.
genial. genial. não há glamour algum em ser um assassino.
ResponderExcluiradorei, mesmo.
Tá te preparando bem pra viver em SP né?
ResponderExcluirComo voce adora torturar pessoas. É o jeito dos seus personagens serem "persuasivos"
ResponderExcluirTá, eu mostro.
ResponderExcluirMas ainda tá pobre.
E é um diário.
=*
Porcos não suam!!!
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