Era uma vez um garoto que queria ser escritor, mas ele era muito preguiçoso, então seus contos ficavam muito curtos. Sua professora de redação vivia lhe dizendo: "No mínimo vinte linhas", ou "Hoje vamos nos esforçar, trinta linhas." Não dava.
Um dia, desanimado, o garoto passou por um cinema ao voltar pra casa. Um cartaz na frente dizia: "Hoje mostra de curtas nacionais." Pensou com seus botões que se existia gente que não conseguia escrever um filme grande e mesmo assim fazia sucesso, ele faria com contos curtos. Isso mesmo! Seria o fundador de uma nova escola literária, os curtistas.
Seu sonho não durou muito. Ao chegar em casa, leu numa revista que alguém já tinha lhe roubado a idéia. Os canalhas tinham, inclusive, a capacidade de escrever contos com quatro linhas.
Pensou então que poderia inovar fazendo algo espetacular, como uma bola gigante de chiclete. Em menos tempo ainda descobriu que, de fato, também já tinham feito isso.
Indignado, não quis pensar em mais nada. Chegou a conclusão que todas as idéias boas, e muitas bastante ruins, já tinham sido roubadas. Inclusive essa.
No final, fez um blog e se formou em matemática.
Falando em fronteiras, estou cursando uma cadeira sobre poesia em prosa... E, se existe poesia em prosa, pode ter certeza que tem conto com 4 linhas, sim.
ResponderExcluirAbração
Luv ya.
ResponderExcluirGenial, como sempre.