Astolfo tem um nome de velho, um nome da época do império. Leila ri de Astolfo porque, como ele bem sabe, ela acha o nome ridículo. Pra não irritá-lo, esforça-se para chamá-lo pelo apelido fofinho; Tofo.
Tofo fofo, ela brinca com o trocadilho acidental enquanto eles entram no restaurante árabe. Tofo adora quibe. Fofo, digo, Tofo fica lindo quando enche a boca de comida e fica sem jeito por não poder falar.
"A gente nem se conhece direito e tu vem me falar de relação!?"
Calma Tofo; respire.
"Hunny, falo de um caso. Vamos manter assim, estamos tendo um caso."
"Leila, como nós podemos ter um caso se não temos nenhuma outra relação?"
"Fica o seguinte, hunny: a gente tem um caso. Eu apareço de vez em quando na tua casa, a gente brinca de casinha e, quando qualquer um dos dois enjoar, eu volto pra casa. Você vai ser meu amante, é disso que eu preciso. Sem relacionamento sério, sem namoro. Ou melhor, um namoro fast-food."
"Leila, não viaja, a gente já tá fazendo isso. Além disso, quem disse que eu preciso de uma amante?"
"Eu digo. Benzinho, você precisa desesperadamente de uma amante, só não quer ver. Além disso, qual é o problema? Tem mais alguém na fila?"
Tofo odeia discutir com pessoas de escorpião. O assunto sempre recai nesses sentimentalismos, nessas chantagens, na verdade irrefutável que eles pensam mais rápido que ele e nessa habilidade visceral de dar guinadas estonteantes na argumentação. Sua mãe lhe avisara, são escorregadios aqueles regidos pelo signo.
Leila tem plena consciência da inabilidade lendária de Tofo com as mulheres. Ele é tímido, pouco bonito, gosta de falar merda e não se liga em delicadezas como cavalheirismo. Além disso, nunca sabe como terminar uma cantada, o momento exato, aquele momento em que os olhares se cruzam, o lábios se prostram, o derradeiro momento do beijo; Tofo nunca termina uma cantada. Quando o primeiro brilho desponta no olhar, ele treme, fica rijo, desata a correr como uma criança assustada. É um cagão. Um viadinho. Precisa ser pego no pulo, como uma corça assustada em frente ao caçador. É arisco o diabo! Leila tem plena consciência disso. Foi ela quem o pegou. É isso que gosta nele, a subversão de papéis, a caça sendo o caçador. E continua pegando.
Tofo solta um não pra dentro. É tudo o que ele diz. Não devia ter discutido. Devia ter ficado com o quibe.
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Quibe Assado
Tofo fofo, ela brinca com o trocadilho acidental enquanto eles entram no restaurante árabe. Tofo adora quibe. Fofo, digo, Tofo fica lindo quando enche a boca de comida e fica sem jeito por não poder falar.
"A gente nem se conhece direito e tu vem me falar de relação!?"
Calma Tofo; respire.
"Hunny, falo de um caso. Vamos manter assim, estamos tendo um caso."
"Leila, como nós podemos ter um caso se não temos nenhuma outra relação?"
"Fica o seguinte, hunny: a gente tem um caso. Eu apareço de vez em quando na tua casa, a gente brinca de casinha e, quando qualquer um dos dois enjoar, eu volto pra casa. Você vai ser meu amante, é disso que eu preciso. Sem relacionamento sério, sem namoro. Ou melhor, um namoro fast-food."
"Leila, não viaja, a gente já tá fazendo isso. Além disso, quem disse que eu preciso de uma amante?"
"Eu digo. Benzinho, você precisa desesperadamente de uma amante, só não quer ver. Além disso, qual é o problema? Tem mais alguém na fila?"
Tofo odeia discutir com pessoas de escorpião. O assunto sempre recai nesses sentimentalismos, nessas chantagens, na verdade irrefutável que eles pensam mais rápido que ele e nessa habilidade visceral de dar guinadas estonteantes na argumentação. Sua mãe lhe avisara, são escorregadios aqueles regidos pelo signo.
Leila tem plena consciência da inabilidade lendária de Tofo com as mulheres. Ele é tímido, pouco bonito, gosta de falar merda e não se liga em delicadezas como cavalheirismo. Além disso, nunca sabe como terminar uma cantada, o momento exato, aquele momento em que os olhares se cruzam, o lábios se prostram, o derradeiro momento do beijo; Tofo nunca termina uma cantada. Quando o primeiro brilho desponta no olhar, ele treme, fica rijo, desata a correr como uma criança assustada. É um cagão. Um viadinho. Precisa ser pego no pulo, como uma corça assustada em frente ao caçador. É arisco o diabo! Leila tem plena consciência disso. Foi ela quem o pegou. É isso que gosta nele, a subversão de papéis, a caça sendo o caçador. E continua pegando.
Tofo solta um não pra dentro. É tudo o que ele diz. Não devia ter discutido. Devia ter ficado com o quibe.
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Quibe Assado
Do caralho!! Putaquepariu!
ResponderExcluirPra mim o auge foi "na verdade irrefutável que eles pensam mais rápido que ele e nessa habilidade visceral de dar guinadas estonteantes na argumentação."
O final foi fantástico também. :]
para q discutir a relação? sempre acaba em pizza...
ResponderExcluirEu amo kibe!!!!
ResponderExcluirUau!
beijos Clementine K.
Escorpianos e escopianas
ResponderExcluirWe are the best...ever.
chico, eu prometi que ainda ia te pegar de jeito, mas tenho uma grande amiga que sempre pergunta de vc e faz elogios à sua pessoa, sendo assim vou deixar o pra ela te agarrar e fazer o que mais tiver vontade.
Mesmo assim, continuo te amando.
*muah*
Chico, eu quando morava aí também ficava fazendo isso, mas mais na Independencia, quando as pessoas se escondiam debaixo da marquise dos predios...
ResponderExcluirUhm...gostei...eu vejo isso como uma especie de catarze!!!
ResponderExcluirBjão pra tí Chico
Péssimo! :D
ResponderExcluirCara, escorpioninas são foda! A descrição foi muito boa!
E um adendo: o Astolfo, digo, o Tofo, é um minhoca. Isso resume ele, em relação às mulheres...
Anelídeos:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=49896
Abraço!