Foi com 6 anos de idade que o pequeno Chico descobriu o amor. Ganhara um CCE - caso tu não tenha notado, falo de um videogame -, e daquele dia em diante não se separaria mais dele. Pode parecer exagero, pode parecer até uma indecência dizer algo desse tipo, mas Chiquinho não se confundia sobre o que sentia, era amor. Não assistiria mais heróis conquistando mundos e fazendo todas essas coisas de herói, seria o herói. Correria o enduro, pilotaria um avião acima de um rio abarrotado de inimigos, desbravaria florestas infestadas de feras. A era da passividade televisiva acabara. Ele tinha todo o poder do mundo naquela caixa preta.
O amor o transformou num megalômano. Mas como todo amor, acabou. O pequeno Chico descobriu que o enduro não tinha final. Assim como a maioria dos jogos que, no fim, tornaram-se enfadonhos. Não haviam mais ilusões, Chiquinho agora era um pequeno garoto cinza e triste. Precisava apaixonar-se novamente. Refletiu por muito tempo e chegou a conclusão que a única pessoa em quem podia confiar seus sentimentos mais puros, mais viscerais, era ele mesmo. Aos 6 anos e meio, tornou-se um hedonista. Empanturrava-se de chocolate num ritual de prazer infantil, máximo e sem culpa; chafurdava na lama ao jogar bola, dominando-a pelo máximo de tempo; regalava a si próprio as gotas de chuva, a lua, o sol, a rua; era novamente o dono de tudo. Cresceu assim, apaixonado por sua simples visão, mas os hormônios não tardavam.
E quando chegou a hora, foi uma explosão. Renata tinha nos olhos a promessa do desconhecido, o brilho ébrio do amor adolescente. Chico traíra a única pessoa em quem confiava: a si mesmo. Entregou seu coração partido e apaixonado para ela, cegara-se a todas as outras. Recitou um poeminha, aproximou-se com aquele olhar de cachorro pidão, pegou na mão dela e beijou Renata, beijou-a com fogo que consumira seu hedonismo. E pegou na bunda dela. Indignada, ela esbofeteteou o recém-canalha Chico, e foi embora. Mais uma paixão da tortuosa vida do nosso herói acabara em tragédia.
Dessa vez, algo havia mudado. Chico voltou pra sua casa, olhou para seu velho CCE que continuava na estante, ajoelhou, e disse:
"Sabe querida, desde a nossa última separação, a vida não tem dado certo pra mim. Tu era o meu apoio, e quando agente se separou, eu me perdi. Mas agora eu voltei, voltei pra gente ser feliz, voltei porque eu ainda te amo e nunca mais vou te deixar. Me deixa ser seu denovo, deixa vai..."
Tentou ligar o CCE. Não pegou, havia queimado. Chico chorou como aquele garotinho de 6 anos, sentou na mesa da sala e decidiu que, daquele dia em diante, seria escritor.
O amor o transformou num megalômano. Mas como todo amor, acabou. O pequeno Chico descobriu que o enduro não tinha final. Assim como a maioria dos jogos que, no fim, tornaram-se enfadonhos. Não haviam mais ilusões, Chiquinho agora era um pequeno garoto cinza e triste. Precisava apaixonar-se novamente. Refletiu por muito tempo e chegou a conclusão que a única pessoa em quem podia confiar seus sentimentos mais puros, mais viscerais, era ele mesmo. Aos 6 anos e meio, tornou-se um hedonista. Empanturrava-se de chocolate num ritual de prazer infantil, máximo e sem culpa; chafurdava na lama ao jogar bola, dominando-a pelo máximo de tempo; regalava a si próprio as gotas de chuva, a lua, o sol, a rua; era novamente o dono de tudo. Cresceu assim, apaixonado por sua simples visão, mas os hormônios não tardavam.
E quando chegou a hora, foi uma explosão. Renata tinha nos olhos a promessa do desconhecido, o brilho ébrio do amor adolescente. Chico traíra a única pessoa em quem confiava: a si mesmo. Entregou seu coração partido e apaixonado para ela, cegara-se a todas as outras. Recitou um poeminha, aproximou-se com aquele olhar de cachorro pidão, pegou na mão dela e beijou Renata, beijou-a com fogo que consumira seu hedonismo. E pegou na bunda dela. Indignada, ela esbofeteteou o recém-canalha Chico, e foi embora. Mais uma paixão da tortuosa vida do nosso herói acabara em tragédia.
Dessa vez, algo havia mudado. Chico voltou pra sua casa, olhou para seu velho CCE que continuava na estante, ajoelhou, e disse:
"Sabe querida, desde a nossa última separação, a vida não tem dado certo pra mim. Tu era o meu apoio, e quando agente se separou, eu me perdi. Mas agora eu voltei, voltei pra gente ser feliz, voltei porque eu ainda te amo e nunca mais vou te deixar. Me deixa ser seu denovo, deixa vai..."
Tentou ligar o CCE. Não pegou, havia queimado. Chico chorou como aquele garotinho de 6 anos, sentou na mesa da sala e decidiu que, daquele dia em diante, seria escritor.
Video Games r0x!
ResponderExcluirHello Chico,
ResponderExcluirTudo bão...
Deu vontade de escrever..enton abri um blog pra eu tb...
dá uma olhadinha...
http://estreladavidainteira1.blogspot.com
Bjs pra tí...
Adorei seus textos...
Cara, quando eu olhei o Título, pensei que poderia ser encima daquela nossa conversa na cozinha da tua casa em POA.
ResponderExcluirAí eu lendo, vejo o nome da... Renata!! Bahh! Por essa eu nao esperava encontrar! heheh
Viu! Aqui está uma prova que eu passei pelo seu blog! ;)