O segredo de não terminar um namoro é não começá-lo.
Aliás, o segredo de não se apaixonar é não idealizar as pessoas mantendo em mente a miséria da condição humana. É sempre saber, sempre manter-se consciente, de que todas elas cagam, invariavelmente, meu amigo, todas cagam. Olhar praquela cocotinha e imaginar o borrão. Por mais bem feito que seja, por mais elegantemente, o ato de cagar é estéticamente distópico, no máximo engraçado.
Tive um insight dia desses. Caguei o mais harmoniosamente possível, mantendo a classe, mas ao olhar pro lado recebi o baque da desolação: no paper. Revirei tudo, não tinha nada. Guardei meu espírito intato e parei de olhar pras minhas meias porque essa não era a hora de ser punk. Subi as calças, afivelei o cinto com desgosto, e meti pra rua. Fui comprar o papel já cagado, caminhando como o caubói da Marlboro, segurando as nádegas bem juntas. No desespero, agarrei o maior pacote que encontrei e, no caixa, fiz graça pedindo um maço, mas tava na cara. Ao chegar em casa, alguém ocupava o box cantarolando Maybelline.
Maybelline, why can't you be true?
Oh, Maybelline, why can't you be true?
You've started back doing things that you used to do
Sentei e chorei a miséria da condição humana.
Aliás, o segredo de não se apaixonar é não idealizar as pessoas mantendo em mente a miséria da condição humana. É sempre saber, sempre manter-se consciente, de que todas elas cagam, invariavelmente, meu amigo, todas cagam. Olhar praquela cocotinha e imaginar o borrão. Por mais bem feito que seja, por mais elegantemente, o ato de cagar é estéticamente distópico, no máximo engraçado.
Tive um insight dia desses. Caguei o mais harmoniosamente possível, mantendo a classe, mas ao olhar pro lado recebi o baque da desolação: no paper. Revirei tudo, não tinha nada. Guardei meu espírito intato e parei de olhar pras minhas meias porque essa não era a hora de ser punk. Subi as calças, afivelei o cinto com desgosto, e meti pra rua. Fui comprar o papel já cagado, caminhando como o caubói da Marlboro, segurando as nádegas bem juntas. No desespero, agarrei o maior pacote que encontrei e, no caixa, fiz graça pedindo um maço, mas tava na cara. Ao chegar em casa, alguém ocupava o box cantarolando Maybelline.
Maybelline, why can't you be true?
Oh, Maybelline, why can't you be true?
You've started back doing things that you used to do
Sentei e chorei a miséria da condição humana.
True bukowski mesmo.
ResponderExcluir"caminhando como um cowboy do malrboro" aahahahahahahaha
uhauhauhauha
ResponderExcluirHilário, irônico e realista!
Nem digo nada... hehehe
Bjus
céus.
ResponderExcluire o que esperar de "bukowskianas II"...
ResponderExcluirEu definitivamente não teria sentado nessa hora.
ResponderExcluirBukowskianas II? Ah, não!
Acho que o ser humano é muito mais miserável que uma buanda suja ou uma merda boiando no vaso. A ilustração é boa, mas realmente acho que somos muito, mas muuuuuuuuuuuito pior do que isso.
ResponderExcluirOdeio otimistas.
bukowskianas??????
ResponderExcluirOlha, falando serio, chamaria de "demência" pro ato de sentar no vaso pra dar uma cagada sem ver se tem papel higiênico antes...
Agora fala sério, sujar a meia é feio, andar na rua como cowboy do malboro é bacana, ah, dá um tempo né.
Mas gostei de como colocas a "cagada" em dois contextos distintos. Isso ficou legal.
gostei. bastante.
ResponderExcluirsinto cheiro de conto-relato-autobiografico.
ResponderExcluirah, safadão, mudaste o layout também é?
ResponderExcluirah, safadão, mudaste o layout também é?
ResponderExcluirparte 2
ps: meu post é bonito e hermético? ah, não se pode escrever bêbado que eu já sou rotulado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHehehe deletei a mensagem anterior porque eu li coisa errada no seu comentário.
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